sábado, 19 de abril de 2008

A AULA ACONTECE!? PAIXÃO PRESENTE!


A aula acontece. Salvo erro foi Sebastião da Gama que escreveu isto no seu Diário e, tenho para mim, quer na minha experiência de quase trinta anos de Professor, quer na dos Grandes Professores que tive, que essa é uma verdade. Ainda poderei por em dúvida se as grandes aulas que tive ( e lembro-me delas ainda hoje, porque será?), eram mesmo de acontecer, mas que um milagre acontecia nelas, disso não duvido. Mas afinal que milagre era esse? Simples: o Professor deixava a aula acontecer. Havia um qualquer pretexto, um qualquer desencadeador da acendalha, um fractal momentâneo e eles captavam-no para afagar a crina do cavalo à solta e a aula ia por aí fora, por vezes num riso delirante, num fascínio de contador de histórias à ancião em gruta pré-histórica, ou mesmo num humor sem freio, quando não um discorrer fora da “matéria” , como gavião em altitude andina.


Nunca mais hei-de esquecer esses Professores que deixavam a aula acontecer! Os meus olhos fascinavam-se tanto , mas tanto, que olhando para eles me esquecia deles e partia à desfilada, no dorso das palavras deles, no encantamento do verbo d’eles.


E todos eles com a mesma característica. Apaixonados, terrivelmente e irremediavelmente Professores, pela força telúrica, pela transfiguração que impunham ao que diziam, ao saber que propunham transmitir, pela reflexão que procuravam induzir, pelo humor franco, límpido, mesmo quando picaresco, ou irónico. Depois outra coisa comum em todos: raramente se sentavam e sobretudo uma coisa fascinante falavam com o corpo todo, com uma expressividade que ia do olhar, das mãos, à forma como se deslocavam. Os grandes Professores que eu tive eram especialistas em expressão, em dança corporal, em oratória, mas especialistas naturais, porque hoje sei-o hoje, essa naturalidade advinha de uma qualquer ânsia interior, de vontade de compartilhar paixões e emoções. E vi Professores emocionados, na minha vida de aluno. Mais ainda...a voz, essa voz que passava de maviosa a trunitronante, de amorosa a ríspida, de desalentada a esperançosa, num ápice intersticial da leitura de um texto, de um comentário, na análise de uma personagem. Todos os meus Grandes Professores, independentemente dos decibéis, tinham uma voz expressiva, cantabile, cativante, estilo à molto e solto vocce!


Assim, em muitíssimas aulas desses meus Professores, o tédio andava arredio, e se espreitava, era nuvem de pouca dura, porque a paixão do tema, a piada a preceito, a chamada de atenção com categoria irónica, recolocava solarenga a “lição” no seu devido lugar.


Incomoda-me imenso a expressão que sistematicamente vou ouvindo dos nossos alunos, mesmo aqueles que são bons, que as “aulas são uma seca”. Mas as aulas têm de ser todas interessantes e atraentes? Claro que não, mas porquê serem com os mesmos docentes “serem uma seca?”. Cobaias para a experiência? Os meus próprios familiares, sejam filhos, sobrinhos, excelentes, bons ou médios alunos.


“ Experimenta estares 90 minutos praticamente a ouvir ler o livro e a fzer sublinhados no mesmo”. “ Sabes o que é ter um Professor sempre com a mesma voz durante toda a aula, chata, aborrecida, parece que a aula nunca mais acaba”. Imaginas ter que escrever no Caderno Diário, o mesmo que está no Manual, depois de a Professora ter dito o que no manual está, e ainda por cima sobre Geologia, na sala de Geologia com milhares de rochas nas vitrinas?!”. “Sabes lá o que é a tortura de ouvir ler Lusíadas de uma forma que aquilo parecia um funeral! ”E só poder dar aquela interpretação, porque se apresentamos outra, rodeiam,rodeiam, tentando dar-nos a volta?!”.


“E uma aula só com cálculos e números no quadro escritos pela Professora sem direito a questões e quando feitas o olhar a fuzilar-te, por as fazeres? Parece que queria mostrar que sabia fazer, Pai!”. “Imaginas acetatos e mais acetatos, para passarmos os acetatos?”. E Power Point, só com texto, por animar e com o que está no manual,até as gravuras?”. Ó tio, parecem “monos”, sentam-se e aí vai disto...falam, falam, que até quase que adormeço.Depois gritam que isto e aquilo, que estamos distraídos, que não participamos. E quando participamos, somos desordenados, se não participamos, que isso conta para a nossa avaliação. O que é participar, Tio?”.


Enfim , desabafos que vou ouvindo e, inacreditavelmente fazem-me lembrar os mesmos sentimentos que perpassavam o meu espírito em muitas aulas de meus Professores ( Não os Grandes) do Alexandre Herculano, somado a lembranças de intempéries de mau génio, de gratuitidade de tratamento, de desprezo absoluto, que ia do insulto fácil do “asno, ao burro”, passando pelo estúpido, do “não haveis de ser ninguém” , do riso cínico na entrega do teste negativo, até ao “atiranço” à cabeça do Dicionário, a canada indiana, ou o “puxanço de pavilhão auricular até ao chão com unhas de rapina, por vezes até sangrar, só por não saber uma Ópera de Donizetti, o celebérrimo castigo à “Pinóquio”. E os ataques de histeria do “Rapa”? E as intermináveis aulas de leitura linha por linha, vírgula por vírgula, do manual do Fins do Lago, que tornavam a História das disciplinas mais desérticas, secas e exaustivas que se possa imaginar, principalmente na voz terrivelmente monocórdicas de um “Fortes”. E as aulas entre o “tralharouco” e livresco-sonolento de um “Roda-Vinte-e-Quatro” ?


Claro, que alguns colegas mais púdicos, podem não estar a gostar, principalmente de forem adeptos de uns “modernaços” que chamo os “Facultés” ou “Universités” escolares, ou seja, indivíduos que não sabem o que é uma escola, uma aula, o ser professor do ensino básico, um miúdo do século XXI , ou que o são mas, que gostavam de chegar a “Facultés” e não conseguiram, e atacam em toda a linha a “modernidade “ educativa, propondo em troca uma revisitação ao passado , a métodos e hábitos do passado, quase numa fossilização, numa cristalização de ideias e ideais que magoa as inteligências. Depois falam culturalmente, e falam bem , numa espécie de “Cultura Inculta”, e debicam aqui, picam acolá, remexem acoli, e quando se espreme o seu pensamento, muito pouco.


Querem vos confesse uma coisa? Já mete náusea o termo “eduquês” e a maioria das pessoas que o usa nem sabe o significado da palavra e no contexto em que é usado, não sabem sequer do que falam. Ignorância pura e sobretudo desonestidade intelectual quando se ataca Rousseau, Dewey, Freinet, Montessori, Neill, ou Bettelheim, ou mesmo João dos Santos, sem ter lido uma linha da obra destes mestres, ou no mínimo lendo livrinho do estilo “ Pedagogia para TóTós” sobre os mesmos., ou mesmo assimilado seja o que for da evolução do trabalho magnífico desta gente.


Já agora, li os artigos e livros destes “Facultés”, que é para não me acusarem de má- fè.Guardo-os para Memórias Neutras.


Ainda à pouco, se viu algo impensável: o desconhecimento mais absurdo , com comentários larvares de ignorância, geralmente disfarçada em alguns colegas de arrogância, sobre o Projecto da Escola da Ponte e do seu sucesso no Mundo. Mas não! Tudo o que desconhece, tudo o que não seja igual ao nosso “mundinho”, é mau, é mentira, é suspeito! Se isto não fosse trágico dava-me vontade de rir, confesso.


Tenho para mim que na formação inicial docente, e mesmo nos primeiros anos de vida profissional a formação em “Histórias de Vida” em Oníricas, em Diarística Docente, Colocação de Voz, poderia ajudar os jovens Professores na sua formação. Porque defendo isto? Simples! Estou convencido, que se é melhor Professor se conseguirmos ter um diálogo com a nossa História Pessoal, com o “nosso “ Chagrin d’école”, com o nosso passado como alunos. Sim , um ajuste de contas, franco, objectivo, sentido com o nosso ser menino e adolescente de vinte, trinta, quarenta anos atrás e o ser menino numa escola real, dolorosa nuns, mais feliz noutra, para o aconchegarmos no nosso presente, no nosso ser profissional. Se continuarmos a recusar essa revisitação, se gostamos de frases feitas do estilo “Se sou hoje assim a todos os meus Professores o devo” – Mas sou como? Que parte de mim deve aos bons e a outra parte aos menos bons? ( Gostaram dos insultos, da ditadura, do medo, da dor que deveras sentiram , mas agora escondem fingidores?-Desculpem mas não sou adepto do sado-masoquismo) se “continuarmos a esconder que muitos de nós eramos alunos fraquinhos, distraídos, cabulazinhos, e até indisciplinados,alguns uma espécie de “Cancre” ( à frente explico) e continuarmos no embuste de “eu não era assim” , mesmo tendo sido, então teria que vos explicar onde nasce muita tensão e desilusão docente. ( não , não é para deixar os alunos fazer tudo o que eles querem, é precisamente o contrário e, como estou a escrever para Professores, não explico, porque meia palavra basta).


E a respeito de tudo isto, os dois autores foram referenciados no Blogue do Matias Alves ( onde poderia ser?). Um apressei-me a “amazonar-me” dele por quase 30 Euros e é um livro verdadeiramente extraordinário, daqueles livros, como dizia Fyn, Livros AH! Daniel Pennac, a mostrar que foi um “Cancre” escolar e que o Seu Chagrin da Escola, não o fez menos pessoa e menos escritor e a isso obstou a garra, a ternura, o amor de alguns Professores que nele acreditaram! Está-me a deslumbrar e a humanizar-me a reforçar-me no meu caminhar escolhido.

O Outro que foi referido pelo MA, é uma parte de um fabuloso livro, de Carlos Lomas, um dos melhores livros da minha Biblioteca sobre a escola e a docência, que já possuia vai para uns tempos, embora me visse grego para o encontrar. Um livro que não sei descrever, porque é um livro fulgor, refulgente! Quase 500 páginas de memórias da escola e das aulas em prosa, em poesia, e , para os que me conseguiram ler até aqui, e não gostaram, só um aviso: olhem que as memórias da escola, de aulas e de alguns Professores de : Albert, Neruda, Marcial, Canetti, Machado, Quevedo, Vargas Llosa, Gomes Ferreira, Unamuno, Saramago, não são lá muito coloridas e prazenteiras!

Mas hei-de escrever das minhas e boas memórias, dos tais Professores que guardei na alma para memória presente e futura!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

PAZ?! OLHO NELES! MUSCULAÇÕES!










Quase noventa professores se não me engano. 14 Abstenções, 4 votos contra, o resto a favor do memorando da Plataforma Sindical. Não sei se foi esmagadora ou não, substantiva foi-o de certeza.

Votei a favor e confesso que não sendo sindicalizado, sempre estive em lutas sindicais, nomeadamente na de 89, em greves de sindicatos variados e na de dois anos atrás, com ameaças de processo disciplinar, na qual outros colegas, hoje muito activos se encolheram. Coisas da vida e curtas memórias, também fazem parte da vida docente.

Excelente o desempenho dos colegas delegados sindicais, conciliando calma , explicação e por vezes legítima indignação. Todos os professores presentes puderam dizer da sua justiça, do seu azedume, das suas preocupações. O colega da Fenprof, lúcido e perspicaz, por calejado nas pelejas sindicais. A explicação óbvia que o não entendimento teria levado a becos sem saída e a situações gravosas de imposição pela força por parte da tutela de um modelo que em algumas escolas já estava em fase adiantada e “papista” de implementação. A chamada de atenção, para outros problemas gravosos que poderão afectar a classe e “pasme-se” o alerta para determinados colegas blogosféricos, que com intuitos mais ou menos escondidos de promoção pessoal, ou ressabiamento de injustiça profissional, têm contribuído para o ataque aos sindicatos e numa pretensa união da classe, dividi-la. Sem citar blogues, o delegado sindical, mostrou quem é blogosfericamente informado, e que “não anda a dormir na forma”.

A minha intervenção em poucas palavras:

- De acordo com o colega quanto a meia dúzia de blogues, inanarráveis nos seus objectivos, no seu âmbito, na sua inanidade de construção de positividade docente, embora encapotados de “frentismo” populista docente. Expliquei ainda o que entendia por “docentes blogues gelatinosos”, ou seja , aqueles cujos autores dizem e afirmam uma coisa, para depois, poucas postagens depois, por informações privadas, ou por reacções, se colocaram do lado de quem “der mais”, que mais “barulho fizer” ou seja do politicamente correcto e maioritário. (Uma reflexão minha, irónica: prefiro o meu e de outros colegas Professores, mais ternos e açucarados, que se há-de fazer?).

- Que é necessário (re)centrar a luta e a negociação nos temas já citados:

- Revisão do ECD até onde for possível, embora dissesse que no meu mundo de realidade, acreditasse que a anulação da divisão da carreira , seria impossível conhecendo-se o poder e a inflexibilidade por vezes bem anti-democrática da maioria. Talvez fosse possível aos Sindicatos esgrimir em Tribunal, o erro da inconstitucionalidade detectada pelo Tribunal Constitucional da impossibilidade de concurso para Titular de professores dispensados de funções lectivas, por razões de saúde. Não sendo possível, sugerir nas negociações a abertura de concursos para titulares para os colegas dos antigos 7-8-9º Escalões, nos dois próximos anos. Esperemos que seja o meu mundo de sonho a vencer!

- Na Avaliação de Desempenho, e na impossibilidade do modelo actual ser modificado, simplificar ainda mais as fichas existentes, e sobretudo negociar com o Ministério, a não necessidade de Observação de aulas, a não ser por pedido dos colegas, por avaliação negativa ou Excelente. Colocar em debate a possibilidade de dados de avaliação através de Porte-Digi ou Web fólio. Que muito do que acontecer no próximo ano lectivo com este modelo de avaliação, se deverá a solidariedades docentes a nível de Escola , de Departamentos, tornando uma avaliação “punitiva” em formativa, ou seja, temos obrigação de responder ao Ministério da forma que sempre fizemos: somos nós docentes que faremos a Reforma e não a Reforma que nos há-de fazer!

- Apesar da promulgação presidencial, lutar contra o modelo de gestão que aí vem, porque se crítico acérrimo do modelo actual de gestão, e adepto de um gestão personalizada e profissional das escolas, não posso aceitar que se imponha um modelo claramente inconstitucionasl, porque vai de forma inequívoca contra a Lei de Bases do sistema Educativo.

- Que exista um amplo debate e porque não a revogação do 3/2008, que está tão esquecido pelos docentes, que só quando a realidade do próximo ano lectivo lhes pesar é que vão lê-lo e aí, sem possibilidade de o discutir.

- Lutar pela ida para o lixo da História da Educação em Portugal dessa aberração legislativa que é o Novo Estatuto do Aluno. Frisei na reunião, do ridículo da actualização de um RI, segundo as permissas desta lei e que a Plataforma parece ter esquecido este ponto.

Fora destes assuntos, da necessidade de continuar a ter a opinião pública do nosso lado, no momento actual do perigo das auto-mutilações com formas de luta inoportunas, desajustadas no tempo, na forma, ou mesmo estapafúrdio-radicais , que conseguíssem unir Poder e População contra os Professores. E que era necessário deixarmo-nos das vacuidades das frases estilo “ queremos ser avaliados, não temos medo de ser avaliados” para passar a calar os nossos críticos com propostas concretas e credíveis de “COMO QUEREREMOS SER AVALIADOS”. Lançamento de um amplo debate sobre formas de avaliação docente, dar conhecimento dessas propostas na comunicação social e fazer propostas concretas ao Poder, na avaliação final do sistema de avaliação em Julho de 2009.

Não referi , mas poderia ter referido da necessidade da Plataforma pressionar no sentido premente de formação docente em áreas como Supervisão Pedagógica, Educação para a Diferença, Indisciplina em Meio Escolar.

Não referi , mas poderia ter referido relativamente ao modelo de gestão que se avizinha, pelo meu “feeling” 70 a 80% dos Presidentes dos CE se irão candidatar a Directores e que era “giro” nenhum Professor se candidatar ao malfadado Conselho Geral. Não o disse, porque farto-me de rir interiormente só de o pensar! É, quem me conhece sabe, e já o afirmei alto e solenemente que a mim ninguém me verá a beber de qualquer destes dois “copos”! Daqui a uns tempos, alguns colegas hoje tão lutadores, estarão de boquinhas ansiosas para beber da aguinha da “fonte das bicas” e nem por copo vai ser, mas de mãos abertas( Ah! Já sei, na altura com a desculpa que é para não ficar um vazio docente no órgão, ou que será em defesa da classe, e blá, e blá).

E prometo, nunca mais falar sobre isto, porque sei onde devo centrar a minha luta, a minha garra, o meu espaço de liberdade, a minha solidariedade, o meu crescer profissional. E aí vai “bomba”, é que apesar de cansado, de burocraticamente usado pelo poder, ele não me cavalgará nunca, pelo contrário vai-me dando forças para resistir!

Não me vou embora, quero continuar, e a Reforma bem pode esperar “reformada”. O Poder, o Estado, os Políticos podem não me merecer, mas merecem-me na medida em que eu os mereço, alguns colegas “compagnons de route” ,esta maravilhosa Profissão e sobretudo os meus Alunos, razão de ser máxima do meu ser Profissional. Em 15 anos tanto político, tanto inútil social há-de passar pelas pontes, mas se Deus quiser, eu hei-de permanecer, apesar das varizes, dos sulcos lavrados do rosto, das canseiras do dia a dia.

É que tenho ainda milhões de sorrisos para receber e dar, outros milhões de bons-dias joviais e adolescentes a afagar-me as manhãs, uns milhões de posts de colegas deliciosos a ler, uma horas de trabalho de Pigmaleão a fazer, ou pelo menos da satisfação do meu complexo de Pigmaleão a realizar.

Tenham paciência... a aturem-me mais uns anitos.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

PAIXÃO MATEMÁTICA...

ou...Motivação, ou...Solução?

Porque não...

Estudos e estudos , conferências e conferências, livros e livros sobre o problema da Matemática, do ensino da Matemática, das pretensas dificuldades da aquisição do conhecimento matemático, sobre o nosso problema com a Matemática e ainda ninguém se tinha lembrado disto?

Sinceramente gostava que pegasse, e que alastrasse como praga a docentes de outras áreas mesmo já enamorados! Bastava colocar-lhes o prefixo (Re)!

A brincadeira “kitschvidesca” é minha ( que frustração esta de não ser realizador) a música , bem a música...estou a corar é assim de uma espécie de “JustGirls” à espanhola, “ Papa Levante”.

Desculpem qualquer “cousinha” colegas “cinzentões”, mas sem humor não há Professor, sem Humor não há Educação! E olhem que até estou bem incomodado com a aprovação do novo modelo de gestão!

Dedicado a uma “humildenorme” Professora de Matemática que descobri na blogosfera, para quem a Matemática é uma caixinha de segredos matriuscos , que quanto mais se abre, mais se descobre e ama. Ela sabe quem é , mas nome não digo, não vá ela começar a produzir glicinas, alaninas, serinas e tirosinas de vaidade! (eh!eh!)

Ah! Dedico também este vídeo à minha filha secundária, que apesar de ter excelente média em Científico, não gosta mesmo de Matemática e me pergunta sistematicamente se só existe uma forma “horrível” de ensinar Matemática. Respondo-lhe que não sei, porque cozinhar bacalhau e História sei eu, e de dezenas de maneiras!




Desde que se enamoró,
el profesor de matemáticas,
anda buscando una ecuación
que le dé la solución, a sus problemas.

desde que se enamoró,
el profesor de matemáticas,
no hace más que multiplicar,
los minutos que se van,
como pájaros que vuelan.

soy menos que el uno,
porque necesito al dos,
y si el tres aparece,
se me parte en mil partes,
mi corazón.

desde que se enamoró,
el profesor de matemáticas,
han empezado a aparecer,
pintadas, sobre la pared,
del instituto.

desde que se enamoró,
el profesor de matemáticas,
se olvido el número "pi".

quizás no pueda corregir,
los exámenes de junio.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

UMA ARMA Terrivelmente EFICAZ!





Ou...UMA AVALIAÇÃO SIMPLES, CLARA, SEM GRELHAS


da minha “Trancinhas”:

Numa ficha de trabalho de casa do 1º ano sobre a Primavera :
A Primavera é: O SORRISO DA MINHA PROFESSORA!

Tomai lá é que é para aprenderem Professores do meu País. A um meu porquê , respondeu que quando os Professores estão zangados são como o Inverno!

A Colega ficou com o Trabalho de Casa. Pudera! Com um sorriso daquelas e uma avaliadora deste calibre e sinceridade?!

Queria tanto que primassem Primaveras , minha querida FILHA!

Minha filha, muito receio que passada esta linda Primavera que tens, muitos Invernos vás encontrar! É que apesar do aquecimento global, começo a descortinar muitos Invernos de azedume, de descrença, de des...gostar. Onde existirem, as Primaveras minoritárias irão continuar a fazer sorrisos-ninhos de esperança, porque em qualquer Turma A, as Teias continuarão a ser tecidas num Terrear de esperança Por Um Mundo Melhor .