quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SWANLIGHTS


Silêncio da Casa. Tomada de assalto em legítima defesa por aquele que se vai cada vez mais instilando no meu. Nem o gordo gato que empaturrado arfa no retemperador sonho felino.

Prenda de anos da “miúda” para Aquele que aos poucos me vai deixando, me vai dizendo o adeus dele silencioso ao meu silêncio triste-feliz de o ir ver partindo. Assim a lei da vida, da separação para ela continuar a nunca o ser. Muda liberdade a da construção de um ínvio percurso a percorrer. Vou ficando aqui e ali marco de estrada, luz fininha de lamparina, se Ele se perder.


Catrapisquei-o sem Ele saber. Namorei-o numa audição demorada


Um LP de som magnífico, cristalino, aquálido, de um Vinil de 180g. Adorava “Crying Light”, conhecia alguma neblina minimal de algumas músicas. Agora, o intenso ouvido interior sobre “SWANLIGHTS” de Antony and The Johnsons


Onde as palavras têm peso, na balança do nada. Ou tenham o peso que lhes advêm da leveza poética que as habita. Casa ilha aberta à imensidão do silêncio onde só o silêncio de dentro autoriza a entrar o de fora. A mú si ca …

Está-se ali, caminha-se____________ por entre notas, por entre uma voz dor ida, polida, pelos espaços da luz em contra, não se atinge o vértice - vórtice do cone nunca porque o encantamento mesmérico obriga a gosto a recomeçar.

Sufocação íntima da beleza, exacerbações ou alívios de intimo olhar. Plenitude vazia, serena limpidez de que deveria feito o éter do mundo.