sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasileira, Actriz...Recadinho com presente dentro


Portugal no seu melhor. Uma actriz, umas palavras desprestigiantes para o País, uma cuspidela, um programa histérico com grupo de histéricas, um vídeo no You Tube, uma pretensa defesa do pacóvio alter-ego masculino da Margarida Pinto Rebelo e recente amante de horas vagas, um paquiderme asqueroso, dito empresário da moda, pretenso representante dos interesses da minha cidade e do meu Clube, que mostra a “tromba” em tudo que é televisão, nomeadamente num programa da manhã, com ditos “chulosos” inenarráveis, inquéritos de rua, os blogues e sites a abarrotar de comentários, as desculpas crocodilórias, tudo uma “choldrice”, tudo a “cuspir” na minha e na inteligência dos Portugueses que se prezam.

Não bastava dizer à dita actriz que a ignorância é parecida com um camelo, neste caso fêmea, de duas bossas?! Ou que... “estúpida é estúpida, sua estúpida”, (perdoa-me o “roubo” Arnaldo Saraiva).


Resumindo: A mulher é bonita sim senhor, mas estúpida! Sinto neste momento os deuses assustados, muito assustados!


E como nada me move contra a estupidez, a não ser ficar um pouco inteligente, para a referida actriz esta homenagem de um inteligente e sensível conterrâneo, o belíssimo poeta Carlos Nejar.


LUÍS VAZ DE CAMÕES

Não sou um tempo
ou uma cidade extinta.
Civilizei a língua
e foi resposta em cada verso.
E à fome, condenaram-me
os perversos e alguns
dos poderosos. Amei
a pátria injustamente
cega, como eu, num
dos olhos. E não pôde
ver-me enquanto vivo.
Regressarei a ela
com os ossos de meu sonho
precavido? E o idioma
não passa de um poema
salvo da espuma
e igual a mim, bebido
pelo sol de um país
que me desterra. E agora
me ergue no Convento
dos Jerônimos o túmulo,
que não morri.
Não morrerei, não
quero mais morrer.
Nem sou cativo ou mendigo
de uma pátria. Mas da língua
que me conhece e espera.
E a razão que não me dais,
eu crio. Jamais pensei
ser pai de santos filhos.

Valha-nos deus que acabo de ler no Ípsilon do Público, uma entrevista plena de inteligência, de categoria, de cultura de vida, de uma outra actriz, nada telenovelesca: Isabelle Adjani.




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