quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ENTRE ELA e ELE..


Porque entre Ela, a do seu coração, e Ele... ouvem-se os sorrisos da Música!

Porque o que o faz a Ele, Meu Filho, feliz, serena o meu silêncio amplo.

Porque amanhã é dia de ser Natal e apetece-me colocá-los aqui, mesmo com "raspanete" a Pai "cusca". A Eles, e a um texto extraordinário de uma escritora sublime que não digo! Eles que descubram!

" Entre Ela e___________ o ar tinha gosto de Sábado. E de súbito os dois eram raros, a raridade no ar. Eles se sentiam raros, não fazendo parte das mil pessoas que andavam na rua.

Os dois às vezes eram coniventes, tinham uma vida secreta porque ninguém os compreenderia. E mesmo porque os raros são perseguidos pelo povo que não tolera a insultante ofensa dos que se diferenciavam.

Eles escondiam o amor deles para não ferir os olhos dos outros de inveja. Para não feri-los com uma centelha luminosa demais para os olhos. "

Um abraço do tamanho de Pai (sem ser Natal) e aceito o castigo do teu amuo, se o tiveres!

3 comentários:

Anônimo disse...

Bem, penso que o desafio é público. Penso que sei a resposta: autora e título do conto, mas como não estou certa se devo ou não responder, aguardo instruções.
Desejo continuação de boas festas!
IA

Existente Instante disse...

Obrigado pelas boas festas e dúvidas.
Por acaso o desafio era para eles, o meu filho e respectiva, para os pôr em marcha na pesquisa de um texto lindo ( este é apenas um excerto do tal conto que refere), mas pode perfeitamente colocar aqui a sua resposta, porque eles já lá chegaram. Espero é levá-los à paixão que tenho pela escrita de uma das maiores escritoras de Língua Portuguesa do Século XX.
Responda, faça o favor e mais uma vez obrigado!

Anônimo disse...

Pois, então aqui vai. A autora já esteve aqui, neste E.I. e, como a escrita tem sabor ao outro lado do oceano, não foi muito difícil lá chegar, à autora - Clarice Lispector - não ao Brasil. O conto é muito bonito - "A Partida do Trem"!
É um comboio que simboliza a vida: duas mulheres, de idades bem distintas, encontram-se e, sem o saberem, vão cruzando pensamentos sobre si mesmas, alternados com diálogos breves de circunstância. A mais nova é Ângela que acaba de fugir ao seu sempre Eduardo que, por ser tão seu, tão sempre, tão genial, acaba por a sufocar na sua essência mais ligeira, mais terra, mais lama... Pelo menos foi assim que percebi o conto, que, por causa deste pequeno desafio, fui reler. Por isso, também, desde já, o meu obrigada por este "reviver Lispector"!

Um bom 2010, com muitas e boas leituras e escritas para si e para todos os que aqui vêm saborear o(s) momento(s)
IA