Que raio tem o Grande Luís Vaz a ver com tudo isto?
Na Guarda com desmaio e tudo. A data, o dia, o presidente, o desmaio. Ai, se a Psicanálise fosse fácil de perceber !? Vai para quase trinta anos que este senhor e a sua mediocridade política vai causando desmaios com os seus desmandos a muitos portugueses.
Depois, o aparato, aparelho patarata militar. Dezoito meses da minha vida na engrenagem e deu para entender muita farda que enfarda e enfarta. Para mim há-de ser sempre a "tropa".
Sobre comendas, condecorações e afins...o costume. Se até o Jorge de Sena foi ao beija-mão, beija pátria! Eduardo Lourenço, Mário de Carvalho com tudo isto ? Nada me admira. Não te esqueças do beijo, do beijo, ó Mário de Carvalho, digo, Dr. Mário de Carvalho!
Se calhar ainda vais levar com discurso desse portento cultural que é o "Barrete" - Xavier!
E de súbito lembro-me de dois textos magníficos de Mário-Henrique Leiria ( quem havia de ser?) super conhecidos que encaixam aqui como uma luva:
EDUCAÇÃO
CÍVICA
Faz-se de tudo
o abano da anca
o olho sorridente
o rebolado
perante o presidente
da república
faz-se o bailado
e a pirueta
para agradar
e arejar o presidente
do conselho
lubricamente
mostra-se o joelho
aos ministros todos
lança-se
simpatia a rodos
aos generais
e aos marechais
também aos furriéis
se for preciso
afinal
o que é preciso
é ter juízo
faz-se de tudo
sempre a abanar
a anca
(Mário-Henrique Leiria)
os camões
os aviões
e os gagos-coutinhos
coitadinhos
a pátria
e os mesmos
aldrabões
recém-chegados
à democracia social
era fatal
a pátria
novos camões
na governança
liderando
as mesmas
confusões
continuando
mesmo assim
as velhas tradições
de mau latim
da Eneida
enfim
sabem que mais?
pois
vou da peida
(Mário-Henrique Leiria)
E para aqueles que adoram estas cerimónias , um pequeno extrato, agora de Gonçalo M. Tavares ( ironia das ironias, também já beijado pela pátria)
" Espectadores.
O problema é que vocês não pensam nada.
Pedir-vos para pensar é como pedir a um pardal morto para
cantar baixinho.
Perda de tempo. "
Vou apanhar sol e ler um "poucochinho" de Camões, com pedido de desculpas que o génio não tem culpa nenhuma desta festança!