Domingo Gordo. Gordo Domingo.
Apropriado este nome para Domingo pré-carnavalesco, se por decência ou deferência não considerarmos gordos todos os domingos. Atenuemos. Talvez gordos não, mas... gordurosos.
Assim, dia na Póvoa de Varzim. Um mar de gente soalheira. O outro, o verdadeiro mar, a mandar-me embora, mas nem preciso era, porque nem sequer cheguei, acenei-lhe de olhar e fugi.
Um vento raso e cortante fazia escorregar a tarde. Máscaras e mais máscaras. Umas afiveladas em adultos, outras verdadeiras e de época em rostos de crianças.
Passa a tarde, mas não eu com ela. Irritado, inseguro porque passou ela por mim, quando por dever e desejo matinal deveria ser eu a passar por ela.
Bem feito. Pronúncio de início de tarde ameaçava-me que sim, que ia ser de estrago, de perdido tempo. Num pequeno, anónimo e rarefeito café de esquina poveira, onde duas dolorosas personagens de olhar perdido molham o galão com medicamentos, remoo a perda.
Não me apetece ler nem Mário Quintana nem Frederico Lourenço. Olho pela última vez os olhos parados, distantes, depressivos dos dois clientes e, saio rápido para o Metro.
Bem feito...É Carnaval e eu sempre levei a mal. Sempre!
Apropriado este nome para Domingo pré-carnavalesco, se por decência ou deferência não considerarmos gordos todos os domingos. Atenuemos. Talvez gordos não, mas... gordurosos.
Assim, dia na Póvoa de Varzim. Um mar de gente soalheira. O outro, o verdadeiro mar, a mandar-me embora, mas nem preciso era, porque nem sequer cheguei, acenei-lhe de olhar e fugi.
Um vento raso e cortante fazia escorregar a tarde. Máscaras e mais máscaras. Umas afiveladas em adultos, outras verdadeiras e de época em rostos de crianças.
Passa a tarde, mas não eu com ela. Irritado, inseguro porque passou ela por mim, quando por dever e desejo matinal deveria ser eu a passar por ela.
Bem feito. Pronúncio de início de tarde ameaçava-me que sim, que ia ser de estrago, de perdido tempo. Num pequeno, anónimo e rarefeito café de esquina poveira, onde duas dolorosas personagens de olhar perdido molham o galão com medicamentos, remoo a perda.
Não me apetece ler nem Mário Quintana nem Frederico Lourenço. Olho pela última vez os olhos parados, distantes, depressivos dos dois clientes e, saio rápido para o Metro.
Bem feito...É Carnaval e eu sempre levei a mal. Sempre!