terça-feira, 10 de agosto de 2010

Perús, Pavões, Portas e... Vinícius





Dois perús “glugluliantes”, ou dois pavões “emplumados” se quiserem, degladiaram-se por questões autorais de primazia, ou dito de outro modo, “a minha primeiro do que a tua” se faz favor. A podridão e pobreza de espírito acabam por vir ao de cima nestes tristes narcisos de espelho quebrado, pseudo defensores e condutores da minha classe. Cruzes!!

E neste momento de sonora gargalhada, mesmo quando me recordo da fisionomia dos dois, só me lembra do célebre poema de Vinicius de Morais “ A Porta”:


“Eu sou feita de madeira,

madeira, matéria morta;

mas não há coisa no mundo

mais viva que uma porta

(…)

Só não abro para gente

que diz (a mim pouco me importa!...)

que, se uma pessoa é burra,

é burra como uma porta.


Eu sou muito inteligente”



3 comentários:

IC disse...

Imagino que ainda está em férias, mas deixei um convite para um chá no meu cantinho (seria um prazer se fosse real...)

Anônimo disse...

Caro Existente:

Gosto das suas escolhas musicais e literarias.
Quanto aos pavoes, voce vive obecado com um deles.
Deixe-o la, descontraia-se e parta para outra.

Existente Instante disse...

É assim...neste meu "Inexistente" Instante em que de instantes fui preenchendo, lá bem um comentário de um anónimo do estilo que acha que sabe que eu sei que ele sabe, mas...
ao lado.
Caro anónimo muitos anos de autoconhecimento, de "divã" para perceber e lhe dizer que de "tristezas vãs não me iludo" e que mais descontraído não posso estar e que de Obssessione, só uma, a de 43 de Luchino Visconti,e que muito sinceramente em relação aos pavões que você acha que eu me referia, mas também a uns mais farfalhudos, a alguns de blogues de referência, aí vai à moda do meu Porto " Só ligo a M....quando estou distraído" e por norma, não ando!
Agora quer que eu seja cordato, anémona-esponjoso, corporativo quanto baste? Nem pense!
Não foram só os bandalhos políticos que nos governaram nos últimos anos, os responsáveis pela miséria e derrota da classe docente, mas também aqueles que dela se arvoraram defensores, por arrebanhadores geométricos e organizativos das massas, ou oportunistas blogueiros de primeira água, conhecedores de uma classe docente algo carente, abúlica, quase presa da fatalidade do seu destino.
Tenho imensa ternura e respeito pelos milhares de professores anónimos do meu País que diariamente se esfarrapam em trabalho,em imaginação, em dedicação, em Amor aos seus alunos, muito pouca, para não dizer náusea ,por oportunistas, por anões docentes que diariamente querem mostrar a sua raça de tamanquinhas à janela para parecerem mais altos.
Engraçado que muitos deles, pouco ou nada falam da sua prática docente para eu aprender com eles! Pudera!

Caro anónimo...tenho dito!
E sem Obsessões, e descontraído e recentrando-me no meu Nick Drake que ouvia enlevado, veja lá!