Mais um belíssimo texto sobre brinquedos, Natal, prazer, maravilhamento.
De Sophia de Mello Breyner, da Revista Eva de 1960
"Eu gostava mais do Natal do que dos presentes. Os presentes baralham-se na minha memória. Deram-me com certeza muito prazer. Mas o prazer esquece. Lembro-me do Natal: porque o Natal não era prazer mas sim alegria e a alegria tem qualquer coisa de eterno.
Só o maravilhamento é eterno.
Por isso o único presente que não esqueci foi uma tradução da “Ilíada” que me deram quando eu tinha doze anos. Mas isso é já no fim da infância."
Sophia de Mello Breyner Andersen, Revista Eva de Natal, 1960
Um comentário:
Lindo! (Como não podia deixar de ser... da Sophia)
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