Por um Natal que já o foi e não ó
é. Um Natal recusado vai para anos, apesar do aparafusar das inevitáveis
máscaras natalícias. Um Natal sim, profundo, gravado como raízes de sequoia,
quando a infância era ser menino de acreditar. Hoje, não mais. Apenas o
acreditar que sim pelo menos na nostalgia da memória. Nem ele nasce, mas a gente janta. Depois, os embrulhos, as prendas, o imenso papel que de pouco higiénico
perde para o outro. Isto que se tornou o Natal, sorrisos amarelados que nenhum
dentista consegue disfarçar, frases feitas que nenhum detergente apaga, mails
untosos, ridículos, formatados de antecedência só para acharmos que sim, que
nos lembramos, que existimos pelo existir dos outros.
E Ele a rir-se lá nas palhinhas
deitado…sabendo a que cheirava a bosta do burrinho e vaquinha do curral onde
nasceu.
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