Leituras interessantes do dia de hoje. E alguns sorrisos também. Se calhar algumas ligações, sabe-se lá. Depois, mais uma coincidência fabulosa: quando colocava de parte alguns livros para leituras natalícias, eis que surge um que me marcou profissionalmente vai para quase 16 anos.
Não gosto do olho por olho dente por dente, nem que se responda ao facciosismo, à propaganda descarada do poder com iguais armas. Assim neste momento delicado da vida profissional lá vão saindo inquéritos, entrevistas, desafabos e desalentos, quase uma espécie de mortificação, vitimização para comunicação social ver e conquistar opinião pública que se foi perdendo. Tenho para mim que determinadas atitudes e posições de alguns colegas da nossa classe e mesmo dirigentes sindicais se assemelham a um exército de “malucos” que se em dois dias ataca o general, em três dias ataca as próprias armas, parafraseando Gonçalo Tavares
Assim inquérito FNE e ISET, quatro em cinco professores abandonariam a carreira docente se pudessem. Democraticamente não acredito nisto, simplesmente. Nem na amostra, nem na fiabilidade, nem sequer na forma como foi realizada. Coincidência ou não, o timing deste inquérito coincidiu como uma fase de luta bastante acesa entre a nossa classe o o ME. Já aqui afirmei que não pauto análises de nada por reacções mais ou menos espontâneas e efervescentes de sala de professores, e se vou notando descontentamento e amargura em muitos, só em poucos vou ouvindo esse desejo de abandono, legítimo, diga-se desde já, principalmente quando o poder mudou as regras do jogo e lhes negou o merecido “descanso do guerreiro”, não ligando nem à idade, nem ao contributo valioso de anos dados a uma causa, a uma profissão.
A segunda notícia tem a ver com o longo artigo no JN de hoje e a aluna que concluiu o Secundário com média de vinte . Engraçado o que em caixa ela afirma, e sobretudo, a verdade à “la palisse” que ela sentiu na pele e que muitos não querem ver, sobre os professores da sua vida. Aluna de colégio privado da Imaculada Conceição até ao 9º e de Secundária num colégio beneditino, a aluna não se inibe de dizer que teve professores excelentes, mas que também os teve péssimos, e que estes lhe deram força pelo facto de... “Por que não tentar ser melhor do que eles?” Aqui... sorriso de orelha a orelha, porque não só foi uma resposta semelhante que dei aos meus pais quando me questionaram ainda nos meus vinte e dois anos sobre a minha opção de vida profissional, como é exactamente a resposta que dou a minha filha “secundária” que não sendo de vintes, alguns vai tendo, mas que ao longo dos seus estudos me foi questionando implacavelmente: Pai, porquê alguns professores tão maus ?
Para terminar: uma sugestão, um livro...não sobre abandono, mas sobre ingresso, alguém que resolve ser Professor não propriamente na flor da juventude mas...
Já agora para terminar: entrei cedo e vou, quero sair tarde, PORQUE CADA VEZ GOSTO MAIS DE SER PROFESSOR! Não vou dar trunfos a poder político nenhum, os governos passam e eu vou ficando, e entre uma "surrapa "deslambida, mesmo reinante, prefiro o meu "envelhecido em cascos de carvalho" em que me vou tornando. Não amorfo, não fossilizado, mas também não burro, a todos os poderes, aspirantes de, oportunismos de ocasião , seja de que lado for. Sempre à minha maneira e em estrada escolhida vai para trinta anos, com letreiro em sentido único: ELES e...só por Eles e a essência d'Eles, ser Professor vale a pena!
Hoje não vou referir-me ao "momento delicado" da vida dos professores, embora destaque o "letreiro em sentido único: ELES e...só por Eles e a essência d'Eles", até porque, para mim, o Natal é sobretudo para as crianças - das mais pequeninas às mais crescidas. É Natal, que ele seja para si, caro Existente Instante, doce, poético, musical, terno, tal como o vejo a si também doce, poético, musical e terno :) E que assim continue pelo Novo Ano. Um abraço caloroso.
Espero que este silêncio seja por estar a aproveitar estas férias na paz e sossego de uma aldeia, por aí no Norte ... E faço das palavras de IC as minhas, porque, é desta maneira que o meu olhar o vê. Um Bom Ano de 2009, com saúde e paz para o Existente Instante e para aqueles que lhe são importantes.
5 comentários:
Hoje não vou referir-me ao "momento delicado" da vida dos professores, embora destaque o "letreiro em sentido único: ELES e...só por Eles e a essência d'Eles", até porque, para mim, o Natal é sobretudo para as crianças - das mais pequeninas às mais crescidas.
É Natal, que ele seja para si, caro Existente Instante, doce, poético, musical, terno, tal como o vejo a si também doce, poético, musical e terno :)
E que assim continue pelo Novo Ano.
Um abraço caloroso.
Espero que este silêncio seja por estar a aproveitar estas férias na paz e sossego de uma aldeia, por aí no Norte ...
E faço das palavras de IC as minhas, porque, é desta maneira que o meu olhar o vê. Um Bom Ano de 2009, com saúde e paz para o Existente Instante e para aqueles que lhe são importantes.
Um óptimo 2009, com a centelha do gosto de ensinar sempre bem acesa.
Espero que esteja tudo bem e as férias tenham sido boas. Coloquei um novo desafio em Vida Suspensa, Gostaria que participasse. Bonne rentrée!
Recomendo uma visita ao blog: http://florestadasleituras.blogspot.com/ e leiam o "Chagrin d'école" de Daniel Pennac.
MUITO BOM
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