Afago de Suspensa Espera
Resposta ao Imperador
Perguntas-me o que vim eu encontrar
acima das nuvens no cume da montanha
É algo que só na solidão se pode descobrir
E mesmo que quisesse não teria palavras para o exprimir
(Tao Hang King)
Reflexos
Envelheço. Estas límpidas águas
reflectiram já um outro rosto
Ninguém me pode devolver esse fulgor
Passado. Para quê turvá-las?
(Po Chu Yi)
Sono de Primavera
Um chilrear de pássaros me chega ao ouvido
Submerso ainda num sono de primavera
Recordo a chuva e a ventania da noite passada
Pergunto-me quantas flores terão caído
(Mong Hao-Ran)
Suspensa Espera. Por vezes precisa, necessária, respiração de bafo no vidro. Leve afagar de centro para a periferia,depois do refazer periférico do nós. O orvalho cristalino dos sentidos num leve, escorrido e suave deslizar para a madrugada que se aproxima. Suspensa espera... necessária, precisa, na vulcânica violenta lava dos dias.
(Existente Instante)
2 comentários:
"El silêncio no es soledad
habla aunque sin hablar!"
Ao voltares também refazes o "periférico de nós."
E pronto! Amanhã direi outras palavras.
Carpe diem!
Suspensa Espera!
Li tudo, olhei, voltei a ler, voltei a ver e compreendi a tua necessidade desta Suspensa Espera.
Valeu a pena esperar. Tens uma virtude que eu não tenho: a Paciência. Invejo-ta, cultiva-a, mas tenho que confessar que já não mudo. Obrigada por teres regressado, inteiro, Existente Instante. Um abraço comovido da Carmo
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