sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

MOVÉRAN?

Como “tolo no meio da ponte” como dizia a minha maravilhosa avó Eva. Nas últimas semanas e por insondáveis mistérios de política barata e como tal, nem insondáveis nem mistérios, uma carrada de legislação. Ele é o ele é 3/2008, o 29864, o a 1628, o sem número do novo modelo de gestão, e agora 2/2008 e se calhar até me esqueci de mais algum! É obra! Nem Stanley Kubrick para esta Odisseia! E como Coordenador, aí estou eu, entre a náusea, o sono e a aplicação profissional (ah! Ah! Ah!) a ler, consumir às goladas, a comer de faquinha e garfo este manjar, toda esta erudição legislativa, este fartote pantagruélico de palavras insípidas, inodoras e incolores. Então o Decreto sobre avaliação de desempenho, a ser aplicado já, e quero crer (ainda) que não à maioria dos docentes, sem antes, os pressupostos teórico-práticos para a sua aplicação, tem-me causado urticária, pelo que dele depreendo de velocidade, de necessidade de mostrar serviço, de mostrar que “aqui mandamos nós” por parte do Ministério, mas também do certo “ o que vier virá “ de alguns colegas, ou uma espécie de autismo , ou servilismo de quem Executa mais perto de nós! Um sentimento de impotência generalizada, de “que se há-de fazer?”, de “ è a nossa sina” , ou mais “ quero lá saber, tudo como dantes no quartel em Abrantes!”.

Seja! Eu estou desassossegado e calmo ao mesmo tempo! Calmo porque sei os colegas que tenho no meu pequeno Departamento, sei ser solidário e receber solidariedade deles, que tudo farei para não magoar, para não ferir o que ferido vai estando, mas desassossegado porque alguém quer se faça sem alma, sem coração, para magoar, dividir, talvez com o intuito de reinar! Far-se-á certamente, mas mal, burocraticamente mal e sem qualquer laivo de futuro, de esperança para nós Professores! Era preciso uma avaliação docente , não era preciso uma “aberração docente” !

Como estou um pouco panfletário, escrevo ao som da música dos Alf Alfa, e do seu “No nos Movéran” , e lembrei-me da Joan Baez e do You Tube! Aí vai camaradas(no verdadeiro sentido da palavra) do Meu Departamento esta canção! Eles tentam, tentam, tentam, mas comigo não conseguem, mesmo julgando que conseguido está! Que chatice! Hei-de ser assim toda a vida!



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