terça-feira, 28 de outubro de 2008

CORPO GEOGRÁFICO...O TEU

Assim, Companheira:

há quem diga que é subtracção, outros soma, para mim foi multiplicação feliz por três, eu que não sou aritmeticamente famoso

E até quem defenda que eles existem para nos lembrarmos que existimos

Os anos, os teus...dar-te o quê, que cada vez vou ficando menos apegado à rigidez pétrea dos tempos do tempo?

Temos conseguido , companheiros de Jornada , a percepção que só a posse do nosso espaço no espaço do outro, na rotina imaginativa da rotina, nos tem permitido as breves ou longas caminhadas, a tal harmonia desarmoniosa de que é feita a construção imaginativa que é o nosso amor.

Assim um sussurro especial nesta minha foto e neste meu texto.


Corpo Geográfico


És linda...

O Corpo ... o teu Corpo... Percorro-o de olhar viajante extasiado,
Pesquiso-o , arqueólogo de desejo.


Corpo curioso...extraordinário Corpo o Teu!
Nele, os elementos primordiais,
Nele o sol – fogo abrasador que me queima a pele e sentidos,
Nele o marítimo encanto onde gosto de mergulhar,
Tocar conchas, anémonas, corais dos seus recantos
Nele o táctil da Terra, o fresco fruto da tua pele-pêssego sedosa
de abrir o apetite,
Nele, o ar- sopro, respiração ofegante, amante de tempestade bravia ou
brisa suave de pacificação.


O teu Corpo intercontinental, geográfico,
Onde aventureiro me perco e encontro, O teu Corpo ,
mapa onde gosto de escolher percursos, caminhos,
sensações.


O teu Corpo mapa – mundi do meu prazer
O teu Corpo...turismo do meu desejo,
Aberto à aventura, à paixão, à Arqueologia do meu Grande Amor!


O teu Corpo... de norte para sul, de sul para norte,
O teu Corpo Rosa – dos – Ventos sempre a apetecer explorar
O teu Corpo...bússola desorientadora do meu divagar


O teu Corpo... tão cheiro a maresia,
Percorro o sargaço dos teus cabelos,
Demoro-me na concavidades róseas das tuas orelhas loucas,
Detenho-me no teu pescoço já fremente,
Estreito – de – Gibraltar...
para outro apetecido continente.


Teu Corpo... beduíno, percorro as areias finas do teu Corpo,
As linhas redondas macias, das tuas pequenas dunas,
As tuas suaves planícies areadas,
os teus mais recônditos oásis.


O teu Corpo, mais a sul de Ti, o desejo a arder...
Mas não, ainda não, ainda tempo para no teu botânico corpo,
Sentir as tuas pernas – árvores enlaçadas nas minhas


O teu Corpo de sinal de terra – prometida,
O teu Corpo sinal no meu,
O teu Corpo, o nosso Corpo explosão aurora boreal, big-bang sideral
O nosso Corpo, em corpo que não aguentava mais corpo


O silêncio, o preenchido silêncio da bonança,


Amor...em que pensas? Gostas de perguntar. Em nada, respondo Eu!
Que é tudo!



Morre-se de Amor? Meu Amor, gostava tanto de morrer de Amor!



4 comentários:

Avó Pirueta disse...

Feliz, mil vezes ditosa, a Mulher que inspira este Homem. Ditosos os dois que se encontraram e vivem este Amor assim sentido, partilhado, vivido. Que a minha Inveja Santa sirva para vos alimentar esse fogo sagrado. Guardai-o e não o deixeis apagar-se. Para serdes realmente dignos dele.
Avó Pirueta

Raul Martins disse...

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."
Com Saint-Exupéry atesto a minha alegria por teres ao teu lado uma Mulher inspiradora.
.
Carpe diem!

Teresa Lobato disse...

Lindo, o vosso amor, lindo ver alguém, publicamente, manifestar o seu amor.

:)

Sara Oliveira disse...

Mais uma vez a emoção na leitura de alguns dos seus textos. Bem haja!
Vida Suspensa