Não sei porquê, mas no dia d’hoje quase adivinhando a vozearia e tintagem futuras, apetece-me citar, sem rimar bem ou mal, tanto faz, porque Herodes e Caifás, muito o Inferno lhes apraz! Olha... rimei!
Construção
“ A construção metódica das ruínas:
Uma bomba. “
(Tavares, Gonçalo M , Poesia I)
“ Por motivos das diferenças individuais entre os seres, sucede que certos actos são virtuosos para alguns, porque apropriados e convenientes nos seus casos, enquanto os mesmos actos são imorais para outros, porque inapropriados nos seus casos “
São Tomás de Aquino, Summa Theologiae
V
“ Hoje levantei-me pela primeira vez
de uma forma tão calma. Os meses e
os anos podem vir e não me prenderão.
Eu estou tão só e tão despido de
esperança que posso recebê-los sem
temor. A vida que me conduziu por
tanto tempo está ainda bem presente
nas minhas mãos e nos meus olhos.
Eu seguirei a estrada dos meus dias
com o sentimento da força que está
em mim como se fosse uma nova
significação. “
João Miguel Fernandes Jorge, A jornada de Cristovão de Távora Segunda Parte, Livro Primeiro
6 comentários:
Esta construção metódica (caótica) das ruínas era um bom tema para glosar. Mas quase ninguém lê. Só vêem dos Gatos.
Enganas-te Matias. Vêm Gatos e Telenovelas! Preferem o Equador ( que se calhar não lera) ao Para Sempre, preferem a FNAC à Lello, os livros de lombadas tipo Círculo ao livro de lombada partida de lido e rachado de assimilação, preferem poesia (e fazer-se de "poetaços", epopeicos, diarreicos) à António Sardinha, miserável, apoética, ronceira, do estilo "Resiste...que não ficas triste" ) ás Tisanas da hatherly, ao Herberto, ao Ramos Rosa, ao Tolentino, que sei eu, debicam aqui e acolá algum Eugénio e Sophia só para desenfastiar, são capazes até de preferir "peiderman" a uma sonata do Mozart, um Malhoa a um Klee.
Um drama, a que nenhuma tese de mestrado ou doutoramento conseguiu fazer jus... ainda!
Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões pra cantar que a vida.
Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente ‘stá pensando.
Derrama no meu coração a tua incerta voz ondeando!
Pronto, tinha que ser: o louro "peiderman" ofendeu-se com a sonata do Mozart e veio ao meu blogue de mãos a arreata "eu cuzinho para o povo". E queria cigarros CT e torresmos e carrascão de taberna e tudo.
É o "sena brasuca" de certeza, ou o "poetaço da tasmânia"?
Insulto, referências a outras pessoas,comentário ronceiro mais chegado e...logo apagado!
"Chiça" que não me livro da rima!
Uns minutos de visibilidade aqui não vale calo no dedo.Além disso, vai dar o "Rebelde Way", não se distraia!
Caro jmna, Pessoa ortónimo e a reinvenção do tempo. Gosto do Pessoa e do seu bom gosto. Só isso
Ora bolas...que desilusão, afinal... do meu mais recente apaniguado leitor, mas era de Fernando Pessoa para MLR. E eu a julgar que era por causa do meu ensismemamento rimático.
Estou triste pelo Pessoa, pronto!
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